Nos últimos 30 dias, o cenário político em Alagoas tem sido agitado por articulações intensas. O ministro dos Transportes e ex-governador Renan Filho anunciou em Arapiraca - no lançamento do VLT - que está sendo convencido a disputar novamente o governo do Estado em 2026.

Esse anúncio surgiu após especulações sobre um “acordão” entre os Calheiros e os Caldas, no qual o prefeito de Maceió, JHC, teria o direito de indicar o vice-governador na chapa de Renan Filho. Além disso, a tia de JHC, Marluce Caldas, foi indicada ao Superior Tribunal de Justiça com apoio de todos junto ao presidente Lula, vencendo concorrentes fortes de outros estados. Sua indicação foi aprovada ontem (13) no Senado oor 66 votos dos 81 existentes. E JCH confirmou à imprensa da capital federal que sua nomeação se deu em razão de um acordo suprapartidário.

Outro ponto interessante é que o deputado Marcelo Vitor, o todo poderoso presidente da Assembleia Legislativa, também mantém sua influência, pois sua irmã, Adélia Maria, é a segunda suplente de Renan Filho. Caso Renan Filho seja eleito governador, Fernando Farias assumiria o mandato de senador, comprometendo-se a ceder temporariamente a cadeira para Adélia Maria.

E para reforçar essas especulações, o pai de Adélia, Gervásio Raimundo, ex-deputado estadual por quatro mandatos e hoje com 95 anos, já declarou nas ruas de Palmeira dos Índios a amigos e no “Senadinho” local que a filha assumirá o mandato de senadora a partir de 2027, caso Renan Filho tenha êxito na eleição.

Assim, o xadrez político alagoano segue cheio de nuances e promessas, com 2026 no horizonte e muitos acordos em jogo.